Agressores de árbitro são identificados e confessam crimes
Os três homens acusados de agressão e de ameaça ao árbitro-assistente José Nelito Fidélis confessaram os crimes, na manhã desta sexta-feira (11), em depoimento ao delegado titular do 3º Distrito Policial, Luiz Henrique Apocalypse Joya. Eduardo Honorato Almeida dos Santos, de 29 anos, e Marcelo Almeida dos Santos, de 27, respondem pelo crime de lesão corporal. O pai de Eduardo, Adeni Almeida dos Santos, de 52 anos, é acusado pelo crime de ameaça. Antes dos depoimentos, Fidélis fez o reconhecimento pessoal dos acusados. O nome do quarto suspeito não será divulgado para não atrapalhar nas investigações.
A agressão aconteceu no sábado (5), após a final do Campeonato Veterano de Futebol Amador, na Praça de Esportes Salvador Lombardi Neto, no Jardim Eulina, em Campinas. O Grêmio Esportivo Família Unida, de Sumaré, derrotou por 2 a 1 o Ajax, do Jardim Maria Rosa de Campinas
A Polícia Civil aguarda a chegada do laudo de exame de corpo de delito para identificar o grau das lesões. Em caso de lesão corporal grave os acusados podem pegar até três anos de prisão. Se for constatada lesão corporal leve a pena máxima é de dois anos. Adeni pode pegar pelo crime de ameaça a pena de um ano de prisão. Além do laudo, a polícia aguarda a identificação do quarto suspeito para instaurar o inquérito e encaminhar o processo para a Justiça.
Dores após agressão em jogo impedem árbitro-assistente de trabalhar
A agressão sofrida na final do Campeonato de Veteranos, sábado (5), em Campinas (veja ao lado), ainda deixa marcas no corpo e também na rotina de José Nelito Fidélis. Com dores nas costas, ele está impossibilitado de trabalhar como instalador de antenas de televisão, sua ocupação principal, sem previsão de volta. Nas horas vagas, Fidélis é árbitro-assistente para ganhar R$ 30 por partida.
O diagnóstico foi dado nesta quarta-feira (9), após nova consulta médica. "Ele não queria voltar ao médico, mas um amigo o conveceu", revelou a mulher de Fidélis, Andréia Cândido da Silva, que também contou a reação do filho, de 11 anos, e da filha, de cinco anos, em relação ao episódio: ambos ficaram chocados.
"O que aconteceu com o meu marido é uma brutalidade. Ele estava lá fazendo o trabalho dele e apanhou", disse. A família de Fidélis mora no Jardim Eulina, onde aconteceu a decisão do torneio amador entre o Ajax do bairro Maria Rosa, e o Grêmio Recreativo Família Unida, de Sumaré. Com o placar 2 a 1 para a equipe de Sumaré no fim do segundo tempo, os dirigentes do Ajax partiram para cima do árbitro principal. "Ele conseguiu escapar e aí sobrou para mim", contou Fidélis.
Punições
Segundo o presidente da Liga Regional Desportiva, Wallace Nogueira Rocha, a abertura do processo de punição aos agressores depende do relatório do árbitro da partida para identificar os responsáveis pela briga. A previsão é que o julgamento aconteça na quarta (16). Os culpados podem pegar pega mínima de 180 dias de suspensão.
Uma reunião na quinta (10) com os dirigentes dos clubes do campeonato discutirá a agressão e definirá as diretrizes para a próxima temporada. Rocha adianta que, em caso de novas ocorrências nos jogos, a equipe envolvida será excluída da competição.
Reponsável pela arbitragem da Liga, a empresa RCF Eventos Esportivos exigirá policiamento nos jogos, segundo João Antônio Fernandes Neto, responsável pela empresa.
O responsável pela RCF João Antônio Fernandes Neto disse que vai participar da reunião desta quinta (10) para analisar as propostas para o campeonato do próximo ano. Neto revelou que para a próxima temporada vai exigir policiamento para as partidas. Para Rodrigo Moraes, outro árbitro da Liga, a revolta tomou conta da classe após o episódio de sábado.
"Todos nós estamos lá muito mais por gostar de futebol do que pela remuneração. Sem segurança não dá para continuar", comentou. Os árbitros recebem R$ 60 por jogo - o dobro de um árbitro-assistente. Moraes espera que medidas sejam tomadas e não descarta uma paralisação dos árbitros em caso de novas agressões.
AGRESSÃO COVARDE NO FUTEBOL AMADOR DE CAMPINAS
O que o futebol é na verdade? Uma válvula de escape para os problemas sociais? Pois bem, faço tais perguntas, pois necessito da resposta.
No ultimo sábado, dia 05 de novembro, encontrei com meus nobres companheiros de arbitragem, como sempre muita cordialidade e amizade inalava no local de encontro, uns contando sua semana, outros falando um pouco de futebol, mas todos na expectativa de sair para cumprir as escalas do sábado no futebol amador de Campinas e região.
Um deles até solicitou-me um jogo de cartão e apito, tinha um par reserva na bolsa e lhe passe de bom grado, brincando fale a ele _ Hoje com este apito novo vai dar aula de arbitragem! Pois bem, brincadeira a parte todos foram recebendo suas designações, uns na categoria de base, outros no amador, uns no master e outros no veterano, escala fechada vamos para o solo sagrado (campo de jogo – regra um), todos como sempre com o sorriso estampado no rosto.
Das escalas uma chamava atenção, a que se referia a final do campeonato de veterano da Liga local, sabíamos que apenas três teriam o privilegio de trabalhar nesta partida.
Definida a escala pelo diretor de árbitros, os felizardos foram congratulados pelos demais companheiros presente, um deles, cheio de alegria, pois toda final, enche o ego, um reconhecimento pelo trabalho realizado.
Durante a partida, aparentemente tranquila, sem lances complicados e nem polémicos, tudo se encaminhava para um desfecho normal com um vencedor merecedor do titulo. Pois engano, após o apito final do árbitro (regra cinco), alguns torcedores e diretores da equipe derrota invadiram o campo de jogo e partiram pra cima do árbitro assistente (regra seis), onde covardemente o agrediram com socos, pontapés, voadoras e bolsadas, entre outros tipos de agressão, até mesmo quando caído no chão sem nenhuma defesa, foi severamente chutado, sem nenhuma compaixão, verdadeiro ato de linchamento.
Duas mulheres, ou melhor, anjos, aparecerem no meio de tantos homens, que não fizerem nada para defender ou tentar coibir a sessão de espancamento, estas mulheres, supostamente esposas das agressões, tentaram de toda formar segurar estes covardes, porem em vão, o árbitro assistente este lançado à sorte.
Resultado desta que seria uma escala pra ser lembrada com alegria se transformou no dia a ser esquecido pela humilhação de se surrado sem puder ao menos se defender. Triste dia, que entra para historia do futebol amador de Campinas como o dia do massacre do pobre assistente, que deixou em casa sua família, pergunto, com que “cara” este retornou ao seu lar? O que falar para o seus filhos? Triste, muito triste, só resta dizer esta palavra: Triste.
Em nome do universo da arbitragem de futebol, desejamos ao nobre amigo uma pronta recuperação física, pois sabemos que a recuperação metal e pessoal não será reestabelecida, pois estas marcas serão para sempre, infelizmente. Força Fidelis!
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